domingo, 24 de maio de 2009

Artesanato do PiriPiri

Este vídeo mostra a buliçosa área de venda de artesanato situada no bulevar entre o restaurante PiriPiri e o Polana Center, Avenida 24 de Julho, cruzamento com a Avenida Julius Nyerere, cidade de Maputo. Do lado do Polana Center há capulanas e batiques à venda numa boa área do passeio.

Artesãos de brinquedos de arame

Artesãos fabricam e tentam vender brinquedos de arame ali na Avenida 24 de Julho, quase junto ao cruzamento com a Avenida Julius Nyerere, cidade de Maputo, em frente à praça de táxis. Vídeo feito na manhã de hoje.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Jardim dos Namorados

Um curto vídeo por mim feito sobre o belo Jardim dos Namorados da cidade de Maputo, com o Oceano Índico ao fundo.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

AFEMA: Cabo Delgado em Maputo

Na Avenida Marginal, cidade de Maputo, para quem vai para o Bairro Costa do Sol, do lado esquerdo antes de chegar ao Clube Marítimo, está a Associação de Fomento da Escultura Makonde (AFEMA) - confira aqui -, com gente gentil vinda de Mueda, capital da província de Cabo Delgado, cuidando dos seus produtos, trabalhando, esperando os clientes. Estive lá ontem de manhã, dialogando e aprendendo. Como alguns me conheciam, foi ainda mais interessante fazer alguns vídeos, o mais pequeno e o mais pobre dos quais ireis aqui ver (apesar de todo o meu esforço, o blogger recusou-se a aceitar os maiores e eventualmente melhores, ignoro por quê, ainda que não atingissem o limite fixado em 100 MB). Convido-vos a visitar a AFEMA, janela da província onde nasceu Reinata Sadimba (confira aqui e aqui):

Nota: continuarei mais tarde a tentar colocar aqui o melhor vídeo...

domingo, 17 de maio de 2009

Lamento

Fracassaram todos os meus esforços para aqui colocar um vídeo por mim feito esta manhã na Associação de Fomento da Escultura Makonde, esforços mesmo ao nível da edição via youtube. Fica para uma próxima oportunidade. Lamento, perdoem-me.

AFEMA

Aguarde para dentro de minutos um vídeo sobre a AFEMA, Associação de Fomento da Escultura Maconde.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

O silo que restou

Em 1976 foi criado na então recém-nascida Universidade Eduardo Mondlane (sucedendo à Universidade de Lourenço Marques) - sob direcção do falecido reitor Fernando Ganhão -, o Centro de Técnica Básicas para o Aproveitamento dos Recursos Naturais (TBARN). Era António Quadros quem dirigia esse centro, o pintor, o poeta, o homem do cachimbo e boina guevariana, o cantor também, criador de abelhas em sua casa, professor de muitos (entre os quais eu) juntamente com a sua assistente e cantora Amélia Muge. Do meu colega e escritor João Paulo Borges Coelho - um dos colaboradores de Quadros, juntamente com o falecido José Negrão - retirei uma pequenina parte de uma bela intervenção que fez em 2007 em memória de Ruth First, em seminário organizado pelo Centro de Estudos Africanos: "Dirigidos intelectual e administrativamente pelo pintor e escritor António Quadros, líamos René Dumont e Leroi-Gourham, ao mesmo tempo que estudávamos formas de conservar os cereais, de construir bem e barato com materiais disponíveis, de utilizar a tracção animal, de aproveitar a força da água em pequenas represas e carneiros hidráulicos, enfim, de projectar de forma talvez um pouco ingénua mas muito entusiástica as soluções materiais de uma sociedade nova, justa e horizontal, onde os homens viviam “do lado da natureza”. Melhor do que estas minhas curtas palavras para explicar o espírito do TBARN são os versos de Mutimati Barnabé João, heterónimo ocasional do António Quadros: (...) Eu o Povo/Vou aprender a lutar do lado da Natureza/Vou ser camarada de armas dos quatro elementos/[a terra, o ar, a água e o fogo]."
Então, ali, no campus universitário da Universidade Eduardo Mondlane, entre o Centro de Estudos Africanos (onde estava a sede do TBARN) e a actual Faculdade de Letras e Ciências Sociais (FLCS, ex- Faculdade de Letras) resta apena um silo triste e solitário, órfão por inteiro das construções que nos anos 70 foram edificadas para se conservarem os cereais, se fazerem tijolos, etc; ali vinha gente do país e do mundo, ali estava uma prevista e fantástica forja do que então se chamava homem novo. A maior parte parte de nós não deve saber o que faz ali aquele abandonado e choroso edifício, como me apercebi hoje ao interrogar alguns estudantes. E talvez a maior parte de nós não saiba para que servem as efémerides históricas. Porque aquele silo roubado à história, ali, no campus, é a história coagulada de uma parte importante da nossa universidade e do nosso país (espantosamente, está a curta distância do Departamento de História) e talvez tenha sido, de forma criadora e poética, a antecâmara febril do desvelo governamental hoje votado aos distritos. Com a vossa permissão, aqui tendes um curto vídeo que esta manhã fiz, quando saía da Faculdade de Letras e Ciências Sociais, a caminho do Centro de Estudos Africanos (no fim do vídeo, do lado direito, vereis uma porção da parte frontal da FLCS):